
Desabei meu peso sobre mim
desfiz-me em cacos.
Vaguei pelo inverso do tempo
retalhado em farrapos.
Estive onde o som não chega
e pude ouvir o quanto grita
meu silêncio.
Lá onde a luz não alcança
percebi a falta
que faz meu brilho em mim.
Vi-me abandonada
por quem realmente importa.
Pedi-me socorro,
pequei por omissão.
Dei voz a cada pedaço de alma
que encontrei
e contei por cada um
a minha história em capítulos.
Se pude ler-me em outras línguas
sucumbi também ao peso
de cada palavra dita.
Desci, finalmente,
ao inferno que esperei.
Verdades, mentiras,
medos, virtudes
se aglomeraram
em um caos incandescente.
Meu universo está prestes a surgir...
texto e imagem: roberta silva
Um comentário:
nossa! d+...
muito bonita sua poesia, tava apreciando um pouco alem da lazanha...
por aki é prato cheio ehhhh...
!bjO! Parabéns!
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