14.6.07

balada para um dia triste



Fugiu-me a fúria das palavras.
Talvez seja este o gosto da derrota.
Os samurais, covardes,
sabiam o que é estar vivo depois dela.
O mundo corre pela janela
e partes holográficas, de mim desprendidas,
o seguem sem dizer adeus.
A apatia me é fiel.
Jurou-me em seus papiros:
- Bato logo em sua porta.
Digito em meu teclado:
Ainda não, Flor de Plástico.
Casa comigo? Eu quero um filho teu.
Preciso terminar o curso de História,

ainda não.


texto e imagem: roberta silva

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