poderia escrever
um poema à toa,
a nós, na boa.
poderia ir na sua casa
num bater de minha asa.
se esta brasa
não derreter a cera.
-Buona cera!
(escorregadeira?)
ouço Cavalera,
saudade vira paulera.
quero ver sua caveira
ou você de olheira.
sem eira nem beira.
mascando chiclete
ou eu, sua vedete.
afrouxaria o corpete,
totalmente Julliet.
sim, meu dartagnam!
venha antes de amanhã!
quero ser sua cunhã,
pelo poder de Iansã.
essa febre terçã
corrompe minha maçã.
mordida de repente
dente-com-dente
acorda a serpente.
coitado do Adão!
ah! não!
achava que era irmão.
tão dormente, bonachão.
comendo postas com pirão.
afrodisíaco um tantão!
não era essa a intenção.
mas se chamei sua atenção,
fica com Deus, meu irmão!
lá vem o lotação.
texto e imagem: roberta silva
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