20.7.09

dez minutos

roberta silva


equivocado poeta
crê em tuas mãos
o controle das fraturas expostas,
estancar a jugular exangue
dos desesperados, dos colididos,
das vítimas de explosão.

tão longe, reles poeta,
tu e tua pena,
da obra do socorrista,
que em seu peito exibe
uma cruz vermelha, e,
verdadeiramente,
em suas mãos
outra chance de vida
aos que, por negligência,
ignorância ou azar,
desfiaram perigosamente
o cordão da vida.

(para Anderson e Marcelo)

7 comentários:

nina rizzi disse...

eu já disse tudo?
faço essas contruções mítico-materiaistas e analíticas também, lol. a própria lou salomé (eu tou passada).

vc tá no topo do meu blogue-rolèe :)

amo-a. todos os dias.. rs..
beijo :)

LLima disse...

Eu ainda estou aguardando que tu me mande o texto "Cem anos de solidão", minha flor...esqueci, nao...rs...

beijos,
Lu

líria porto disse...

dá uma réiva, sabe de qüê? tão boa escritora como tu colocar-se na salmoura - quer uma caneta, um bloquinho?? cai na tinta, mulher!!
besos - te amo!

Lou Vilela disse...

Endosso o comentário da Líria! ;)

Abraços,
Lou

Renata de Aragão Lopes disse...

Forte!
Gostei.

Beijo,
doce de lira

Ricardo Mainieri disse...

A futura enfermeira Sweet Ragi em contaminação poética...(rs)
Vou te dar uma dica legal. Este teu poema cabe bem num concurso que tem todo ano, aqui em Porto Alegre. Chama-se estórias de trabalho. Tu podes dar uma olhada neste site: http://www.portoalegre.rs.gov.br/
É só entrar na Secretaria e, depois, procurar por Cultura/Literatura.
Tem boas chances.

Beijão.

Ricardo Mainieri

Renata de Aragão Lopes disse...

Boquiaberta: AMEI!

Beijo,
doce de lira